sexta-feira, 13 de julho de 2012

Poupar ou gastar?



Na verdade, uma coisa não exclui a outra e as duas se complementam. De um lado, abrir mão das coisas só para acumular riquezas é quase como viver sem dinheiro. De outro, buscar apenas o prazer imediato pode inviabilizar projetos mais gratificantes no futuro.

Consumir é preciso
Ao comprar um produto, você faz mais do que satisfazer um desejo ou uma necessidade. Você põe em ação um círculo que movimenta toda a sociedade. 

Consumidor ou consumista?
Seja sincero!
Você:
- tem coisas em bom estado que não usa mais?
- vai às compras sem ter feito uma lista do que precisa ou volta delas com mais itens do que tinha na lista?
- sai para comprar algo específico e, se não encontra, traz outras coisas só para não perder a viagem?
- sente uma mistura de prazer e arrependimento quando pensa nas últimas aquisições que fez?
Quanto mais respostas “sim” ou “mais ou menos”, maior a importância de parar e refletir um pouco sobre o seu perfil de consumo.
Consumir não é passatempo nem terapia. É apenas um caminho para adquirir os meios para a satisfação das nossas necessidades e a realização dos nossos projetos. 
Às vezes, pequenas mudanças de atitude e hábitos de consumo multiplicam nossa capacidade de atingir objetivos e levar uma vida mais plena e confortável. 

Qual é o seu perfil?
- Não pensa duas vezes nem considera outras opções antes de uma compra.
- Não avalia prós e contras antes de comprar um produto ou contratar um serviço.
- Deixa para ver depois como um gasto imediato vai afetar os planos futuros.
consumidor impulsivo se expõe a um risco maior de descontrole nas contas. Entrar no cheque especial, sobrecarregar o cartão de crédito, recorrer a empréstimos – nada disso parece relevante diante da possibilidade de satisfazer mais um desejo.  Na hora, parece bom. Só que gastar desordenadamente e pagar juros à toa significa menos dinheiro para consumir. 
- Evita fazer compras que não estavam previstas ou movidas pelo desejo.
- Pesquisa preços e confere se há alternativas mais econômicas antes de fechar negócio.
- Não perde de vista o equilíbrio entre os gastos imediatos e as reservas para o futuro.
consumidor consciente sabe que fazer escolhas não significa abrir mão de consumir, mas usar melhor o dinheiro.  Afinal, tudo tem seu tempo e um pouco de planejamento ajuda a manter as coisas na perspectiva certa. Além disso, não precisar correr a toda hora para cobrir mais um buraco nas contas é uma forma de evitar estresse desnecessário e garantir melhor qualidade de vida.

Você tem sede de quê?
Ninguém vive sem dinheiro, mas é verdade que a riqueza não traz necessariamente felicidade.  Quase sempre, ela se constrói a partir de uma soma que inclui nossas experiências, o que vivemos e realizamos – sozinhos e com outras pessoas. As coisas que adquirimos fazem parte desse conjunto, mas raramente são o mais importante. 
Pense bem: o que balança o seu coração?
Mesmo quando aparentar prosperidade é importante – em algumas profissões ou em determinados momentos da carreira –, é uma armadilha achar que carro, roupas e acessórios de grife bastam para garantir o sucesso ou conquistar a admiração de um grupo.
Quando tentamos parecer o que não somos apenas em busca de aprovação dos outros, ficam para trás os nossos próprios sonhos e projetos de vida.

Mais e melhores escolhas
Ainda que o consumismo seja visto frequentemente como a causa de muitos problemas pessoais e sociais, o fato é que consumir faz parte da vida.
Quando consumimos, fazemos escolhas. Muitas delas estão ligadas à sobrevivência. Outras são guiadas pelo que nos dá prazer ou representam  a realização de um projeto pessoal.
Será que fazemos sempre a melhor escolha?
Há muitas formas de consumir melhor e mesmo pequenas mudanças de atitudes podem levar a decisões mais acertadas. 
Seja racional: evite fazer compras movidas apenas pelo zumzumzum em torno de um novo lançamento ou pelo desejo de ter uma roupa igual à da amiga.
Pense duas vezes: ao encontrar aquele celular ou aquela roupa que tem sua cara, evite comprar na hora. Espere pelo menos um dia e faça as contas de tudo de que precisa antes da decisão final.
Fique firme: se a loja não tem o que você quer, não leve qualquer coisa por insistência do vendedor ou para não ficar chato – gastar dinheiro sem um bom motivo é que é chato.
Pague menos: pesquise preços, pechinche e batalhe descontos pagando à vista – evite prestações, mesmo aquelas que se dizem “sem acréscimo” (muitas vezes, o custo do parcelamento já está embutido no preço). 
Pensando adiante
Além de permitir que você aproveite melhor o dinheiro, o consumo consciente facilita a tarefa de poupar e preparar uma reserva capaz de sustentar planos maiores. No mínimo, uma reserva de dinheiro torna a vida mais tranquila e segura para enfrentar imprevistos. Preparado para tudo.
Quem é você amanhã?
Somos movidos pela possibilidade de realizar nossos sonhos, seja montar uma empresa, conhecer o mundo ou comprar uma casa.
Pequenos sonhos que representam conquistas que se somam ano a ano, sonhos grandiosos que exijam o esforço de uma vida, todos têm algo em comum: precisam ser traduzidos em metas para virar realidade. Um sonho possível.
Planejamento na prática
1. Faça um balanço da situação*
Crie uma tabela com duas colunas e anote à esquerda o valor individual dos bens que você possui (ou seja, seus ativos). Na outra coluna, liste suas dívidas (ou seja, seus passivos). Ache o total da primeira coluna e subtraia desse valor o total da segunda para chegar ao resultado do seu balanço patrimonial. Um número próximo do zero ou negativo é sempre sinal de alerta: significa que suas dívidas somam o mesmo ou mais do que o seu patrimônio.
2. Monte um orçamento**
Faça uma relação completa dos seus ganhos e gastos mensais. Pode ser chato, mas não dá para manter os gastos sob controle sem saber o que entra e o que sai de dinheiro.
3. Dê atenção ao seu dinheiro
Reserve um tempo toda semana para controlar suas contas. Pense no seu dinheiro como alguém sensível e carente: se você não lhe der atenção, é provável que ele vá embora para o bolso de quem lhe dê o devido valor.
4. Calcule seu custo
Divida seus ganhos mensais pelo número de hora que trabalha no mês. O resultado é o seu “custo trabalho” . Antes de comprar qualquer coisa, divida o preço por esse número e avalie se ela realmente vale o sacrificio das horas que precisa trabalhar para pagá-la.

Nenhum comentário:

Postar um comentário