sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Vai viajar de férias? Planejamento e a viagem dos sonhos


Não existe nada melhor do que viajar, certo? Provavelmente, você e boa parte dos leitores concordarão que viajar é uma das atividades mais prazerosas da vida. No entanto, quando falta planejamento uma viagem pode se tornar um verdadeiro pesadelo. Pensando especificamente na parte financeira, algumas questões precisam ser levadas muito a sério para que o sonho não se transforme em dor de cabeça (e para que eventuais problemas não durem muito tempo).
Independente do lugar para onde você pretende viajar, é fundamental definir o quanto irá gastar. Depois disso, é hora de olhar no orçamento e avaliar quanto tempo será necessário (e quanto será poupado por mês) para acumular o montante necessário (ou a maior parte), evitando assim que a viagem se transforme em uma dívida muito longa.
É claro que algumas dívidas são administráveis e você pode até parcelar algum pacote de viagem e enquadrar despesas dentro do orçamento, mas o melhor é terminar a viagem sem se preocupar com o seu pagamento, não acha? Assim você chega das férias e sua única preocupação serão as fotos para revelação e os planos para a próxima viagem.
Pretende viajar para o exterior?
Se a viagem é para o exterior, um dos pontos mais importantes é saber que você precisará definir a forma de pagamento que será mais utilizada. Para isso, não faltarão opções:
  • Cartões de crédito;
  • Cartões de débito;
  • Moeda local;
  • Cartão pré-pago.
Se sua opção costumeira é a utilização do cartão de crédito, para compras no exterior é bom saber que a variação cambial obedecerá ao fechamento de sua fatura e não ao dia da compra. Outro ponto que precisa ser considerado é a incidência de 6% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Os cartões pré-pagos possuem algumas facilidades interessantes do ponto de vista de administração do dinheiro usado na viagem. Você sabe exatamente quanto irá gastar (já que o cartão é pré-pago e você o “carregou” com dinheiro antes da viagem) e a alíquota de IOF é menor: 0,38% nessa modalidade. Vale ressaltar que você poderá, a qualquer momento, realizar uma nova recarga, inclusive durante a viagem.
Mesmo com a utilização de um dos tipos de cartão, é sempre prudente levar algum dinheiro em espécie para a viagem. A melhor opção para fugir das variações abruptas é a compra mensal da moeda estrangeira, pouco a pouco, durante os meses que antecedem a viagem. Dessa forma, a oscilação não se torna um perigo para o bolso.
Tenha um resumo da viagem por escrito
É muito importante também confirmar todos os detalhes referentes à viagem, como o local onde ficará hospedado, os detalhes das passagens, informações de contato da agência de turismo, translado e pacotes inclusos no passeio.
Lembre-se também que as fotos de quartos e pacotes de viagem dos sites de hotéis e agências de turismo podem ser meramente ilustrativas, portanto tire suas dúvidas antes de comprar. E, claro, muito cuidado com os gastos com a alimentação, pois eles costumam representar em média cerca de 30% do valor gasto nas viagens.
Conte com a experiência dos amigos
Dicas e sugestões de amigos que já fizeram a mesma viagem são muito valiosas nesse momento, pois evitam que você enfrente problemas por puro desconhecimento. Os passeios turísticos também precisam ser muito bem preparados, já que a maior parte dos hotéis oferecem guias especializados e regulamentados que tornarão o passeio mais seguro.
Cuidado com as ofertas de empresas e guias sem a devida regulamentação, ainda mais se o preço for muito mais baixo. Passeios assim podem colocar sua saúde e a de sua família em perigo e o barato pode sair muito caro.
Agora que você já sabe como se organizar para as férias. Lembre-se que o tempo é seu aliado, tanto para a construção de reservas suficientes para realizar seu objetivo, como também para que você possa desfrutar de períodos onde a viagem pode ficar mais barata: quem viaja fora da alta temporada certamente gasta muito menos.
A mensagem é simples: organização, planejamento com antecedência e disciplina podem tornar suas férias inesquecíveis. Desejo a você um grande ano de 2013 e que sua viagem seja a mais perfeita possível. Abraços e até a próxima.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

ANO NOVO, VIDA NOVA:


Quem busca uma relação melhor com o dinheiro muitas vezes dá de cara com ilusões e dificuldades comuns a diversas áreas e processos. A maioria delas surge logo nas primeiras movimentações: os primeiros resultados são rápidos e trazem um conforto perigoso.
É bem parecido com aquele amigo que, na primeira semana depois do feriado repleto de celebrações gastronômicas, conta sobre a primeira semana de academia, dizendo que não consegue entender porque não havia começado antes, que já sente algumas diferenças no corpo e que pretende continuar frequentando diariamente. Duas ou três semanas depois, misteriosamente, ele para. Mas não estava fazendo um bem enorme?
Atos impulsivos, imaturos e ocasionais dificilmente se sustentam. É como se estivéssemos embaixo d’água, sem conseguir respirar. Sabemos que, para que possamos sobreviver e agir com mais destreza, precisamos tirar nosso corpo todo dali.
Você já tentou correr dentro da piscina? Logo nos primeiros esforços, colocamos a cabeça para fora e nos sentimos felizes e tranquilos: agora conseguimos respirar. Não nos preocupamos em tirar o resto, em dar alicerce sólido para a mudança. Pouco a pouco vamos relaxando, tiramos o foco e, em instantes, estamos imersos novamente na piscina e na zona de conforto.
Trazendo para o mundo dos cifrões, essa nossa dificuldade fica ainda mais evidente. Está tudo muito acessível, mas, muitas vezes, não temos discernimento para interpretar o caminhão de informações que recebemos e nos contentamos com os primeiros avanços.
Por exemplo, é muito comum escutar da boca de quem está a algumas semanas ou meses lendo sobre finanças: “a poupança tem rentabilidade negativa”. Realmente, após as mudanças das regras, a poupança tem rendido menos do que a inflação, mas de maneira nenhuma isso justifica não poupar.
Mesmo que perca para a inflação, ainda existem vantagens muito significativas. A primeira delas é matemática: manter o dinheiro rendendo pouco (poupança) é infinitamente melhor do que manter o dinheiro parado (conta corrente). Se a inflação ganha da poupança, ela dá uma goleada na conta corrente.
Além disso, somos seres movidos por rituais. O ato de tirar o dinheiro da conta corrente e colocar em algum outro lugar é muito simbólico. É como se disséssemos para nosso cérebro, acostumado a procrastinar: “Eu sei que eu poderia dizer que vou deixar para separar esse dinheiro quando tivesse uma conta em uma grande corretora ou quando fosse um profundo conhecedor do mercado, mas resolvi começar agora”.
Traçando um paralelo com o exemplo que abordamos no início, ficaria assim: “Eu sei que eu poderia dizer que vou deixar para começar a correr no parque quando comprasse um tênis novo, mas resolvi começar agora”.
Optar por poupar é tão ou mais importante do que conhecer todas as modalidades de investimento oferecidas pelo mercado. Acompanho diversas pessoas que, aos poucos, estão mudando seus hábitos e tentando apontar seus esforços em direção a uma vida financeira mais saudável. Em todos os casos, a vantagem de começar de maneira simples e sustentável é muito notória.
Enquanto os investimentos não estão estruturados, sugiro que você aproveite o ímpeto de mudança que surge quando você está analisando seu extrato bancário e faça a transferência na hora. Flagre-se sugerindo dietas financeiras que começam no “mês que vem”.
Aos poucos, conforme conhecemos melhor o mercado, novas modalidades de investimento passam a fazer sentido. É muito mais fácil se dedicar à parte técnica das finanças depois que o hábito de poupar e respeitar o dinheiro pode ser considerado enraizado.
Vale a pena deixar que essas ações efetivas tomem um pouco do espaço que dedicamos às metas de ano novo. Comece pequeno, mas comece.
Que o ano de 2013 seja muito especial! Até a próxima!